quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


Chegou ao final… Sei que logo, estarei somente mais 4 horas com todos vocês e isso entristece-me.

Lembro-me do primeiro dia que cheguei à Aula, olhei para todos e pensei, “meus deus o que é isto?” Mas, depois respirei bem fundo, e lá entrei com a esperança, que seria uma boa experiência que iria ter na minha vida.

Os meses foram passando…

Acabei por me aproximar mais de uns do que de outros mas, no final sei que fiquei com um carinho especial por algumas pessoas que me acompanharam estes meses todos, durante 4 horas todos os dias, e 5 dias por semana.

Como em qualquer momento da nossa vida, existe sempre bons e maus momentos mas, fazendo o balanço, eu tive mais bons momentos que maus. Sei que tentei e dei o meu melhor com todos. Surpreendi-me com algumas pessoas mas, também me desiludi com outras mas, o importante é que no final, ficaram todos no meu coração.

Sei que por vezes, fui mais fria, mais distante mas, sei que sempre gostei imenso de tudo o que sentia quando estava com vocês.

Cresci muito como pessoa, em que cada um de vocês contribui para isso mesmo. A vida vai continuar, e cada um seguirá a sua vida, e um dia irá olhar para as fotos e acabará por se rir daquelas pessoas, daqueles momentos… saudade!

Obrigada a todos do fundo do coração!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Já pensaste naquilo que irás fazer no novo ano que se avizinha? Perguntou a Raquel, depois de mais uma conversa entre duas amigas que estão afastadas geograficamente, uma nos Açores, a outro no continente.

Fiquei parada a olhar para aquela frase, sinceramente ainda não sabia ao certo o que irei fazer para o próximo ano. Aprendi com o tempo a não fazer grandes planos. A vida levou-me a isso mesmo, e a verdade é que tenho aprendido a viver muito mais, e a sentir mais ainda. Sentir as pequenas coisas, sentir os sorrisos do momento, o carinho, os desgostos, tudo bem sentido… é necessário que isso aconteça na minha vida.

Aprendi a agarrar as mais pequenas coisas, com o coração e deixar que elas próprias de manifestem.

Introspecção deste ano que está preste acabar… Resumé perfeito…

Profissional: Ano bastante positivo. Estou preste acabar o meu Cet, e até com uma média razoável e aceitável para quem é trabalhadora estudante. Muitas vezes dei por mim com vontade de parar uma semana, de me fechar em algum sítio, porque sinceramente, passar um ano a chegar às 11 da noite, e muitas vezes já estarem todos a dormir, e eu ali sozinha depois de um dia de trabalho e de estudo. Foi difícil. Deixei de viver muito por causa da Universidade. Deixei de ter tempo para mim e para as pessoas que me rodeiam mas, no fundo sei que valeu a pena. Sou uma nova Juh. Cresci imenso, convivi com outras pessoas, conheci outras realidades e consegui mais um objectivo de vida. Venha agora o Estágio…

Sentimental: Ui, que ano… não tenho muito a dizer… dei por mim numa história que provavelmente nunca deveria ter acontecido. Arrastou-se durante 2 anos e não me fez grande bem. Apesar de tudo, aprendi muito… e cresci ainda mais como pessoa.

Vida Social: Jazus… este ano não foi o meu forte… tive um pouco afastada de tudo mas, sei que as pessoas que sempre estiveram ali, os meus grandes amigos o compreendem e sabem o quanto lutei para acabar o Cet. O apoio deles foi fundamental para mim. Deles e da minha Família. Obrigada.

Quanto ao resto… cá estou eu, em mais um ano a terminar… não sei ainda o que irei fazer para o próximo ano mas, sei de uma coisa, que tentarei e serei o mais feliz possível. J

Obrigada a todos que fizeram parte do meu ano.

Obrigada por todos os sorrisos.

Obrigada por me terem ouvido quando mais precisei.

Obrigada pelos abraços.

Obrigada pelo carinho.

Obrigada pela Força, especialmente, obrigada aos meus Pais, à minha irmã, e à minha Titinha que sempre me deu todo a força do mundo e acredita em mim a 100%.

E também um muito obrigada, não só pelas coisas boas mas, também pelas más… foram elas que me tornaram ainda mais forte.

Obrigada ás pessoas que apareceram na minha vida este ano mas, que me fazem sentir muito bem.

Obrigada pela oportunidade que tive de participar no evento em Aveiro, como patinadora.

Obrigada aos médicos que operaram a minha avó.

Obrigada à minha avó, pela lição de vida que me transmitiu e pela coragem de grande mulher.

Obrigada aos meus dois médicos… que olham por mim e me fazem sentir melhor.

Obrigada à minha irmã, por estar SEMPRE ali. Adoro-te. És tudo.

Obrigada ao Espacial, por todo o carinho e apoio.

Obrigada às minhas duas princesas, por me fazem sorrir.

Obrigada à minha Jóia preferida por todo o tempo que me ouviu, por todas as conversas, por todos os jantares, por toda amizade, por TUDO MESMO.

Obrigada ao meu best friend Jó, pela amizade e cumplicidade que nos caracteriza. Por todo o apoio que sempre me deu.

Obrigada à minha Cris, que sempre me deu força em TUDO. Sabe tudo o que vai dentro do meu coração, da minha mente… obrigada pelo livro e por aquilo que me escreves.

Obrigada à Raquel por ter aparecido na minha vida. Adoro-te muito. Já fazes parte da casa, e das nossas vidas.

Obrigada à família toda dos Açores… Mãe da Raquel, Pai da Raquel, Aurélio, Rui… todos, pelo carinho que me deram quando estive ai de férias. Por o carinho que continuamos a ter e pela vossa simplicidade que me cativou desde o principio.

Obrigada à Ana Novo, ao Gilinho, à Teresa, Vitó e também às pequeninas por TUDO. Gosto muito de vocês!

O maior Obrigada, aos meus Pais por serem quem são.

domingo, 19 de dezembro de 2010




O que dizer ao primeiro dia dos meus 24 anos… :D

Bem… por agora sinto quase tudo normal. Sou a mesma. Somente mais velha.

A meia-noite começou com um bolinho de surpresa, amei. Senti os meus olhos a ficarem brilhantes e com vontade de chorar, por aquele gesto. Tive um ano muito afastada de todos, a viver esta minha vida louca de estudo e trabalho mas, mesmo assim eles tiveram ali e acabaram por me fazer essa surpresa maravilhosa. Obrigada a todos vocês! Obrigada por todas as mensagens que recebi durante todo o dia, os comentários no face, e por todo o carinho que recebi neste dia.

Sinceramente hoje nada me desiludiu. Todas as pessoas que sabia que se iam lembrar de mim me iriam dizer algo, porque no fundo foram essas as pessoas que tiveram presentes na minha vida nos últimos tempos, e claro muitas de anos ;) essas não me falham! Fico feliz por em saber e sentir esse afecto.

Depois claro, tive almoço em casa com a família. Foi até à noite. Correu lindamente. Adoro cá os ter todos, adoro quando todos se juntam, é pena que não aconteça mais vezes.

O dia está mesmo acabar e está na hora de ir para a caminha.

Costumasse dizer, que devemos sempre alterar algo da nossa vida, e nos livramos de algo que nos faz mal, no dia de anos… e eu sinceramente já fiz a minha parte e já me livrei das más energias, da má onda, e da hipocrisia de um certo ser. Que reine a paz, na minha mente é o que desejo durante o próximo ano, até aos 25 J

Obrigada a todos do fundo do meu coração!

:D

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Fazendo das palavras de Miguel Esteves Cardoso, as minhas também.



"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.
O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixonade verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.
Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios.Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há,estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?
O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.
O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.
O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado,viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não.Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."